26/02/2010

Saudades dos tempos em que não te tinha, Saudade.

Estou com saudades. O que, no meu caso, não é bom. Não gosto, e que não me seja pedida uma muito aprofundada explicação, mas sinto-me como se tivesse dentro de um aquário, e doem-me os pulmões.

Pois, hoje vêm-me tais pensamentos à cabeça:
Estou com saudades de uma coisa que não me lembro se já tive.
E tenho saudades de momentos que nunca vivi, e de uma pessoa que nunca fui.
Saudades de sentimentos que nunca senti e que não sei se existem.
De lugares, palavras e olhares que nunca aconteceram.
De alguém que mal conheci.


E, supostamente, saudades não é muito mais nem menos prova de que o passado valeu a pena. Não é? É bonita, esta atribuição. Um bocado amaricada, mas enfim. Poois, e as saudades do que não é passado nem presente? Agora deviam-me responder à letra seus maricas sabichões.

O cérebro humano bem que podia ter dispensado esta reacção química estúpida. É que, além de queimar neurónios, não tem qualquer fundo com sentido.
Hipoteticamente ilustrando: ora gosto de uma coisa. Ora tive essa coisa. Ora gostava dela, ora: felicidade. Ora já não a tenho e vou lá traulitar os miolos a pensar nisso.
Ora adoro aquela pessoa, fazia parte da minha vida e fazia-me feliz, ora já não faz parte da minha vida e eu estou menos X por cento feliz. Mas bora aí não ouvir Crookers amanhã mas sim curtir umas dores nos pulmões ao som do ''Oceano Pacífico'', porque se tem umas saudadecas. Daquelas que activam mesmo a glândula lacrimal, para ver se apimenta mais a coisa.

Queda para chorar, assim por norma não consta. A mim magoam-me os pulmões, que maçada. E estas saudades raras estão-me a dar dupla-dor.

Estarei a sonhar? É que eu sonho bastante. Vou esperar 5 minutos aqui deitada, só para ver se o despertador toca.

Ai raio de pulmões, odeio saudades com todas as minhas forças.
Ah, vou ver se tenho o soutien apertado de mais, que também pode ser disso.

Espero que o ponteiro ande em câmara lenta nos próximos 4 minutos em que estar maluca é só uma hipótese, ainda que provável. Como dizia o outro: ''A esperança é a última a morrer!''
Imaginem lá sair-vos na rifa uma sogra com tal nome. É um pensamento interessante contudo a não desenvolver, a não ser que queiram acabar dando um tirinho na cabeça.

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