27/12/2009

Claro que isto não é verdade.



Não percebo ''muito'' de futebol. Ok... não percebo nada. Literalmente zero. Mas nããã, sou benfiquista ferranha! E há que saber rir de nós próprios de quando em vez. FORÇA GLORIOSO!

Querido Pai Natal,

Não és a minha personagem preferida. Nunca acreditei em ti, porque não tenho chaminé, e sempre te achei convencido. Pensas que és o centro do 12º mês, e não fazes outra coisa senão tentar roubar o protagonismo ao Menino. Sim, tu dás-me presentes. Mas Ele deu-me oxigénio, e uma possibilidade de produção involuntária de dióxido de carbono. Esmiuçando a coisa, sem Ele não servirias para nada.


Estabelecida a hierarquia, tenho de admitir que até tenho um (mini) fraquinho por ti.
Apareces todos os 25 ao almoço em casa dos meus avós, e tens uma pontaria fantástica no que toca aos presentes. Sei que sou uma querida, uma filha exemplar e que me porto muito bem, mas aqui entre nós, não és muito parcial na distribuição pois não? Não me interpretes mal barrigudo, acho que fazes lindamente!


Vou-te contar um segredo: já tinha descoberto aquela máquina de filmar! Fui rebelde, atrevida e curiosa e fui à descoberta. Perdoas-me?
O meu argumento é: não estraguei surpresa nenhuma, já me conheces o suficiente ao fim de 19 natais para saberes desta minha paixão por filmar o mais simplório cocó canino com que me deparo na calçada.


Obrigada!


E desculpa-me a ousadia, mas achas que me podes ceder umas renas para o ano? É que... sinceramente, acabar o Natal com estas dores musculares e estomacais, e uma semi H1N1, não é muito pacífico. Entre dia 24 e 25, não há uma refeição ou missa passada no mesmo espaço de 30 km. Dás-me uma mãozinha (patinha)?


E já agora uma sugestão: que tal mandares mais tarde os presentes? Ano sim, ano não, nem que seja. Tipo espanhóis. Ontem lá fui eu tentar trocar umas coisinhas, e as coisas a 30€, agora custam 10. Dava jeito agora na crise, o dia de Reis.


E assim, ao menos não tiravas o lugar ao aniversariante Jesus, um bocadinho mais importante que tu, não? Ele a fazer anos e tu a dar-nos presentes. O mundo está um pouco ao contrário.


Agradecimentos às companhias aéreas SATA, TAP, Ibéria, Vueling e British Airways, porque, à excepção de namorado, trouxeram-me irmãs, pai, tios, primos, primas, amigos e amigas, cuja ausência me tira X % de felicidade. É sempre bom ver as pessoas mais importantes da minha vida. Agradável, vá lá.


Gosto muito do Natal.

21/12/2009

Quem me dera ser só dos ombros para cima! (não estaria de certo com estas dores de riso na barriga)



Pobre Dona São. É graças a estes seres humanos com pernas como vocês que a moça não pára de aspirar. Sinceramente.

PS: Só para a Playboy é que não dava muito jeito, Ricky.

18/12/2009

Padeço de Síndrome Mármore Sonhador. Bolas.

Não se falava ontem de outra coisa senão naquele tremelico de 6.0 na escala de Ricther.
Dava quase a sensação de uma tentativa de pulverizar o cidadão lisboeta com o terrooor sísmico, fruto da experiência traumática portuguesa. Ou talvez fosse em mero tom de fofoca.


''O quê, não sentiste? A água a mexer nos copos, os candeeiros pendulares, os cãezinhos a ladrar e o Nuno Perlouro na RTP N?''


Lamento desapontar, mas a resposta é um claro, conciso, concreto, completo e inequívoco não.


A razão é simples, e justifica-se com base na mutação que sofro 45 segundos após me deitar no meu leito.
Uma espécie de fusão ser humano-pedra. Mármore sonhador, arrisco chamar-lhe.


Facto probatório deste síndrome tomou lugar já há uns meses atrás. Então não é que às 3 e meia da matina dispara o alarme geral a 3 metros do dormitório e a bela adormecida mantém-se impávida e serena, de pálpebras cerradas. (a dormir, entenda-se)
A casa num virote, portas a abrir (também fechavam!), alto volume verbal por parte dos familiares, e uma mãozinha da polícia.
Manhã seguinte: ''Han, porque é que estão com essas olheiras? Não se deitaram muito tarde ontem! Realmente... já não se lembram que é preciso dormir bem?''


Pois bem. A única coisa de que me recordo da passada noite de 16 de Dezembro, é do pesadelo filosófico que ocupou a minha mente até 5 mins antes de o despertador tocar.
A moral consistia numa espécie de: ''Ser boa pessoa ou não ser... Eis a questão, enquanto corre um urso de 3 metros atrás de ti''.


''Corro e não aviso ninguém, na esperança de que o bicho se entretenha com um velhinho no caminho, ou faço um anúncio em megafone e levo ao colo os bebés que encontrar enquanto corro?''


Ainda ouço aquela voz lá ao fundo a ecoar: ''Lá vem o uuurso''.


Tremi. Mas foi de medo.

17/12/2009

Pensamento do dia: ( Top Gun - 1986 )

Carole:  Hey, Goose, you big stud!
Goose: That's me, honey.
Carole: Take me to bed or lose me forever.
Goose: Show me the way home, honey.

Profundo, hein?

Fui. Sou! Serei...


Vou trocar um ‘‘fui’’ por um ‘‘sou’’.
Vou trocar um ‘‘podia ter sido’’ por um ‘‘posso ser’’.
Vou acordar, esvaziar o meu armário e deitar fora o que não uso.

Porquê? Porque é que custa? Rasgar a fotografia dele, ou jogar fora as calças 32 que já não entram. Porquê ?se a fotografia até é feia, e as calças completamente oldfashion, e ocupam um espação no armário.
É irracional. Extremamente irracional e estúpido.


Vou tirar mais fotografias. E esvaziar o meu armário, porque mesmo que hoje não me apeteça, vou comprar coisas novas de certeza.


Às vezes esqueço-me que vou precisar desse espaço. Que hoje já preciso.
Tão presa às memorias, dou por mim a deixar passar o tempo, que  vai somando minutos e dias enquanto tento sair dos mil armários que inconscientemente insisto em guardar.


Às vezes, quando o despertador toca, e chove lá fora, não me lembro dos motivos pelos quais não posso estar presa. E às vezes não apetece sequer sair.


Às vezes as memórias são mais fáceis de sonhar, são mais fáceis do que arriscar molhar os pés.


Mas um dia, vou acordar e desprender-me delas, e das calças 32 que já não uso.


Vou trocar aquele ‘‘se eu tivesse...’’ por um ‘‘vou.’’
Não vou questionar o porquê de as calças já não servirem, só porque hoje é dia moody e não gosto da chuva.
Não servem porque não servem. Já serviram, sim, e depois? Cresci, e tenho umas novas. Ou se não tenho, é porque vou encontrar, e porque o melhor... Ainda está para vir!


Não vou ignorar a chuva. Aproveito e ponho as galochas que espero há um ano por usar!


Quanto às calças, vou dá-las a alguém até, porque não guardo rancor. Se calhar assim até já olho para o armário com outros olhos, sem me prender àquele passado de ganga, que me tem levado a sonhar e não viver; que muitas vezes escondia a camisola verde que me entrava na perfeição, no fundo do armário. Aquela. Que eu, cega pelo que já não posso ter, acabei por não reparar.


Não vou. Não vou mais procurar a felicidade que ‘‘podia ter tido’’.
Vou amar o hoje, porque sei que me vou surpreender.
Vou procurar o que posso e vou ser, e o que posso encontrar.
Não vou mais pôr o hoje no ontem, os problemas da chuva no passado. Não vou viver os dias em que ficava tão bem com aquele 32. Não vou fazer dieta para lá voltar, porque se calhar até nem quero, e faz mal à saúde.
Vou vestir coisas novas, vou renovar o meu armário, e vou sair com esta chuva. Ir ao Colombo, se for preciso! (ou a um maior, que de certo construirão amanhã)


Vou dar valor ao que tenho hoje. Vou fazer planos.


Vou jurar que se ontem deixei fugir alguma peça, hoje não deixo cair uma linha da minha felicidade. Caso contrário, amanhã vai custar outra vez a sair da cama, presa outra vez ao passado, nem que seja porque é passado e sinónimo de derrota. Às vezes só mesmo porque é... passado!, e conforta, ou mexe cá dentro.


Idiotice.


Não vou deixar. Não vou perder o agora a pensar no que lá foi.
Vou pôr o presente no presente, e se possível, no futuro.
E hoje, vou esvaziar o meu armário, e tirar o que não gosto e me arde cada vez que me visto.


Vou ser feliz. Hoje.
E vou sair de galochas, preparada para a chuva.

15/12/2009

Uma revista de homens, com um homem na capa, que nomeadamente é um gato, por sua vez fedorento.



Ricardo estás com uma cara um pouco pateta (e duas rugas de expressão na testa). E não era suposto estares nu?

Primeira risada do dia de hoje (12 minutos antes de acabar):

E-mail enviado pelo meu ex-professor de ginástica, cujo conteúdo correspondeu durante largos dias a um status de Facebook (do próprio, claro):


"De cada vez que alguém escreve "fizes-te", morre um golfinho."


Conclui-se então que é graças aos portugueses com baixo grau lexical que andam para aí a morrer golfinhos que nem moscas.
''mas porque é que 'fizes-te' isso?'' (e morre um golfinho em Ipanema).
Miguel Otero, we love you.

Vamos a votos.












Algo atentatório do bom-humor:
A) Despertador não tocar de manhã;
B) Ser A) pretexto para não ir ao ginásio;
C) Ter um professor de Direito Internacional Público que não consegue responder a uma dúvida de forma objectiva. (estarei a ser exigente ao não achar complexo o verbo ''responder''?)


Algo que põe seriamente em causa a o estado físico dos que nos rodeiam:
A) Não almoçar sushi;
B) Existir apenas um par 40 dos sapatos que se quer comprar;
C) A 'madame' não ter comprado Nesquik.


Algo que resulte em possível antipatia para terceiros:
A) Pisar cocó
B) Tentar ajudar uma velhinha a pegar o carro, empurrá-lo ao longo de duas avenidas no Saldanha, e terminar com uma visão da senhora a chocar contra um poste;
C) Porem-nos 15 litros de gasolina quando o nosso carro... é a gasóleo!



Juro que não quero ser pessimista, mas acho que já tive dias mais agradáveis.


PS: aconselho vivamente a fecharem todas as janelas de 'youtube' enquanto se tentam pôr no meu lugar, honrando-me empaticamente. Estaticamente há 0,0000000006% de estarem a ouvir a música de Daniel Powter, pelo que segundo as minhas contas incorrem num risco de suicídio de 0,000000000000022%.


Convicta de que nem tudo está perdido, e numa tentativa de atenuar a 'bad wave' que criei na blogosfera, buscarei o lado positivo do dia 15 de Dezembro. ''Lembra-te Inêêês'' que:
1 - Evoluíste o teu vocabulário português. Aprendeste que a palavra ''encarregue'' não existe.
Quem tem um encargo diz-se ''encarregado''. Agradecimentos a Catau e Sardinha;
2 - Faltam 10 dias para o Natal;
3 - Viste um rapaz muito giro;
4 - O teu QI te ajudou a tirar a brilhante conclusão de que, sem dias destes, certamente não repararias nos bons.
Obrigada hemisfério esquerdo cerebral.

14/12/2009

Exmº Senhor Doutor Luís Fábrica:

Haverá algo mais feliz que o Natal? (Se souberes não digas, Bruno)
E haverá alguma razão especial, algum prazer acrescido a esta época, em enclausurar milhares de jovens nas suas casas, obrigando-os a desprezar este sentimento natalício? Dar-lhes a escolher entre a felicidade da família e a aquisição de conhecimentos sobre negócio usurário? Torturá-los com pinheiros enfeitados com fitas e bolinhas e presépios luminosos? Pior, com peru e bacalhau à Gomes de Sá?


''Vá, vê lá se aguentas olhar para mim e ir estudaar''.
Ouço o peru a dizer isto. Continuo sã?

Por este andar meu querido blog, nuunca mudarás de nome.

PS: alguém (pelo menos tu, Bruno, meu amigo fictício) reparou naquele raio de título? Podia ser meio número de telefone norueguês.

011209


Não sei o relatório completo do que me fez nascer humana. Ninguém sabe, acho eu, ou diz-se por aí.
Melhor: porquê. Ou no extremo, para quê. Como?
Pelo que sei, graças a Deus (literalmente) que assim foi.


Mas graças a Deus (e a nós) não fazemos destas perguntas a essência da nossa existência. Ou pelo menos não pensamos nisto a fundo todos os dias. Talvez.. sim, mas nesse caso parece que estamos em barcos diferentes.
Faço sim, todos os dias, ‘‘as perguntas’’. Na sua forma mais simplória, banal e repetida.


O quê Como Para quê. Porquê


Questiono. Questionamos. Eu, o Obama, um ser humano de QI com mais de um dígito. Tooodo o santo dia, questionamos.


Questionamos o tempo (quando chove), a morte (quando morre alguém conhecido, ou um desconhecido de forma trágica), as repercussões do álcool (quando não decoramos um telefone à primeira), a nossa imagem (quando o 32 não serve), a nossa relação (quando vemos um filme com o Hugh Jackman ou a Scarllet Johanson), ou a pobreza, quando o homem sentado ao nosso lado cheira mal no comboio.
Questionamos até ao mais ínfimo problema, o nosso, o do vizinho, o da nossa mãe ou o homem do metro.
Mas principalmente, o nosso. Os nossos, aqueles 15 mil 476 problemazinhos, e aqueles 2 ou 3 grandalhões.
Não acho grave. Não o seria, se a história acabasse aqui.


Pena é que se medirmos o ‘‘como’’ estatístico das nossas crises existenciais, talvez nos apercebamos que 50 ou mais % das mesmas tendencialmente desembocarão nas típicas poor-me conversations. (se nos situarmos numa hora anterior ao telejornal na parte das criancinhas em África.)


Aparte isso, é bom questionarmos. Não há respostas sem perguntas. Se não questionássemos ou procurássemos, provavelmente não teria sido inventada a roda, ou a IX sinfonia.


However, talvez seja bom em vez de questionar a chuva e o aquecedor desligado, pensarmos mais no sol, mesmo quando é Inverno (não é p e r f e i t o ?). Dar um presente, escrever uma carta ao namorado ou comer um gelado com o melhor amigo. Dar um beijinho ao nosso pai e ao chato do nosso irmão. Reparar nas pessoas que passam de autocarro, e imaginar a sua historia. Ser simpático para a empregada, ou sorrir para o homem que cheira mal no comboio.


Em vez de um questionar como fim, fazê-lo como meio. Agradecer. Investir. Gostar do tom de azul que tem o céu e dos talentos que nos foram oferecidos, a troco de uma vida feliz (a nossa). Pôr a render.
Fazê-lo mais do que aquela vez no ano em que nos sentamos na areia a ouvir o bater das ondas, e num phone uma musica do Rui Veloso na baía de S.Martinho em Agosto ao pôr-do-sol, ao mesmo tempo que comentamos o quanto ‘a vida é bela’.


E nos nossos momentos mais questionantes/humanos, que frequentemente desembocam numa poor-me conversation, há um tabu, que se aprende nos filmes, e que é aquele ‘there’s no way, I give up’ que escrevemos inúmeras vezes em bolt num cartaz imaginário, que tratamos de mostrar à melhor amiga e ao padre.


‘There is always a way when things look like there's no way. There's a way to do the impossible, to survive the insurvivable. There's always a way.
In the face of the impossible, be inspired. Today if you become frightened, instead, become inspired.’’

Chamar-lhe-ia talento desperdiçado. Força 漢字!




Uma pergunta, Shaum-Min: Como assim não estares nos Ídolos?
Fizeste-me esquecer o Filipe Pinto. Num ápice! Sugeria só que para a próxima cantasses em inglês. Mas se não gostares da ideia não te preocupes, acho que todos captaram a mensagem.

13/12/2009

Pensamento do dia:

‘Life is short’. Frase pouco vista, right? Às vezes ouve-se, nas partes dos filmes com velhinhos, ou saída das pedras da calçada.
E desde que o meu QI começou a dar os seus primeiros sinais que uma questão curiosa paira nestas camadas cerebrais, cor-de-rosinha e viscosas: Is it true?

Continuo com um espaço em branco à frente do ‘‘R:’’.
Nunca consegui (nem tentei mais de 2 minutos) quantificar percentualmente as vezes que quero que seja verdade, e as que quero que seja mentira.

Uma coisa é certa, lá para 20 de Agosto na praia com um pôr–do-sol sugestivo, já papagueei esta frase umas 40 vezes. Somo outras quantas ao colo da minha mãe, mais umas dúzias com as minhas irmãs ao colo, acrescento jantares com o namorado e noitadas com as amigas, e o resultado há-de ser tanto ou mais grandioso.

O reverso da medalha tem este preciso segundo como exemplo, visto ser segunda-feira (dia do terror), e faltarem uns míseros 17 minutos para o despertador tocar. Somando isto às 40 insónias que tenho por ano repetidamente até às 7h43 da manhã, às 4 aulas de uma hora e meia que tenho por dia, aos dias em que a minha avó decide genealogicamente contar uma por uma as histórias dos 11 irmãos Falcão Trigoso da Cunha, e àquelas sessões de estudo que (felizmente!) são marcadas ‘a priori’ com uma deadline prevista por mais despertadores, já perdi 3 vezes a conta das horas em que peço desesperadamente por um TRRIM TRRIM.

Não sei se choramingo mais vezes um ‘life is short’, ou se berro cerebral, cor-de-rosinha e viscosamente um ‘pleease, someone shorten life!’.

Vendo isto em pratos limpos, acho que o pensamento em Agosto ao pôr-do-sol é capaz de valer por dois.
Ou se calhar é melhor conformar-me com a esperança média de vida de 78,1 anos portuguesa. (apesar da feminina ter 3 anos acrescidos). Ok, e melhor será não pensar nisto enquanto estiver na aula do Sardinha.

Até lá, um ''não tem idade para pensar nisso'' resolve. (obrigada, mãe)

Ah, e acho que antes pensava nisto em português.

Um clássico!


Não vale a pena esconder, tenho um fraquinho por esta personagem.

5 humildes objectivos a alcançar:


  1. Arrumar o armário literário que armazeno há largos anos (peças espalhadas pelo quarto, cadernos perdidos e em larga escala neste computador);
  2. Escrever! (deste aposto que ninguém se tinha lembrado), e fazer disso incentivo para aumentar a minha média de 0,3 livros lidos ao ano;
  3. Aprender a dar nomes às coisas (nada é impossível, irmãos!);
  4. Ter mais leitores que o meu fiel amigo imaginário transmontano Bruno;
  5. Conseguir que a minha frequência de escrita não evolua de modo a acompanhar este gráfico cujo conteúdo e tema,diga-se de passagem desconheço.
Sempre tive inveja dos ''bloggistas''. (e tenho sérias dúvidas de que esta palavra exista)



Chamava-lhes ''pessoas sem vida'' ou ''ratos de biblioteca''. Perguntava se ''não têm mesmo nada mais interessante para fazer do que mostrar ao mundo os seus pensamentos medíocres''.


''Ratos'', ''autistas'', ''solitários'', ''tristes'', ''nerds'', ''será que têm amigos, que respiram e vão ao cinema?''. ''Será que já viram o mar, ou a luz do dia, que saem à noite, gostam da família e comem bolos?''


No entanto um dia, posta à prova pela minha grandiosa e dinâmica curiosidade, decidi ir à descoberta. Blogs sobre cozinha, blogs sobre fotografia, blogs sobre protecção de animais, blogs sobre namorados, blogs sobre nada, blogs sobre blogs.
Surpresa das surpresas: há vida nesta blogosfera!


1 dia para pesquisar, outro para pensar, 1 mês para arranjar coragem (meio dia para arranjar pachorra) e TCHANAA, aqui estou eu blogando!


Pelo sim pelo não, e contrariando aqui um pouco o famoso provérbio tuga ''quem não arrisca não petisca'', e por força da visão estereotipada lisboeta, hoje peço ao meu anjinho da guarda que não me transforme numa solitária não-amada, e que me continue a fazer respirar tal como qualquer ser humano sem blog. (Se for pedir demais, então deixai-me pelo menos ir ao cinema à meia noite de sexta).





PS: Desculpem amigas com quem partilhava estas conversas anti-bloggers. Juro que os continuo a achar quase ridículos e prometo que este blog foi fruto de uma ameaça de um vietnamita que encontrei à porta de casa. ''Ou fazes um blog ou passa para cá esse cheesecake''. Teve de ser, só tinha aquela fatia!