Não sei porque escrevo hoje. Não me apetece muito. Não estou sequer inspirada, e nem me sinto na obrigação.
Escrever para quê?
Arrumar ideias, expelir sentimentos e entraves na garganta, aliviar-me?
E escrever para quem?
Escrever porquê?
Sobre quê?
Sobre a Madeira. O Tiger Woods, a morte de algum actor famoso.
Sobre fadas e histórias de bebés.
Ou sobre lamechices e os problemas da vida. Como assombram ou são insignificantes.
Escrever que no voo de ontem fui ao lado do Xor Presidente Luís Filipe Vieira.
Contar uma piada, citar Cesário Verde.
Estou confusa. Não sei o que escrever, porque não sei sobre o que quero escrever.
Não sei o que quero?
Assim dito parece mal. Sei o que quero.
Só não sei... bem.
Sei mais ou menos, aquilo que seria interessante postar neste blog. Qualquer crítica ao filme Invictus ou os avanços da oncologia por aquele puto indiano.
Mas não sei se devia. Não se seria sentido, se o fizesse.
Não sei o que me faria bem, o que me traria felicidade.
Não é o que queremos afinal?
Far-me-á mais feliz fazer o que está certo ou o que me apetece e acho que sinto?
E se for só impulso?
Peço ajuda à Hermione e volto atrás, claro.
E quando andar a bater com a cabeça nas paredes?
Então e quando bater com a cabeça nas paredes por aquilo que não fiz?
Perdi as oportunidades que me fariam feliz?
Ahh, já percebi. Isto deve ser do jet lag. É de certezinha!
A culpa é desse efeito ridículo. É completamente psicológico, não acredito nessas coisas.
Só tratei da escrita para falar da minha mente confusa por... meras razões burocráticas e estéticas, o texto daria um ar de ser maior.
Mas claro não me interessa nada o que os outros pensam, só me interessa o que eu acho, e escrevo este blog só para mim.
E a assorda mental que se passa deste lado do ecrã é só nervoso por se calhar me terem cancelado o voo para a as Caraíbas em Março.
Amanhã vai ser diferente. De hoje, porque vai ser normal. E ser normal é bom.
E agora vou dormir. Culpa do jet lag, e da mala por desfazer, que não quero encarar.
É por isso que vou apagar a luz. Por isso e para ver se se acende alguma outra nesta cabeça que ainda baloiça entre os dois lados do Atlântico.
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