Esta mania de aderir ao mundo tecnológico pelo simples facto de estarmos no século XXI faz-me uma certa comichão já desde há uns tempos para cá.
Sim, que bom que é poder saber as máximas de amanhã em Buenos Aires pelo telemóvel, ou mandar um mail ao paizinho em pleno Dolce Vita.
Mas por favor que me sejam poupadas as inscrições da bela da faculdade por internet, cujo sistema encrava de 2 em 2 minutos. Tenho árdua inveja dos tempos em que se fazia directas de saco-cama e farnel à porta do Gabinete de Direito para fugir ao Jorge Miranda durante o semestre. Os tempos em que o gay atendia o telefone, e não era esta balbúrdia. E eu que gozava com o meu avô.
''Ah, é muito melhor assim, diz que é móderno''.
Se não tivesse calhado na desejada e majestosa turma 4, pintava a manta. Só não acabava com esta teia de ondas electrónicas - internet - por piedade a este mundo blogosférico e aos sites em que vejo Anatomia de Grey. Caso contrário, atirava o Bill Gates de um penhasco, e outros tantos. Sem pena nem temor.
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